Budismo, meditação e cultura de paz | Lama Padma Samten

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O templo é uma manifestação do Buda nirmanakaya.


Fala do Lama Padma Samten à sanga pela ocasião de sua primeira visita à nova sala do CEBB Joinville- SC após sua palestra “Recuperando os Sonhos e a Alegria de Viver”, em 2 de maio de 2023 no auditório da Universidade UNIVILLE.

O templo é uma manifestação do Buda, do aspecto nirmanakaya.
A gente acha “Bom, é uma sala!”, mas não é. Por quê? Por exemplo, é como se o nirmanakaya do Buda encontrasse uma sala, então tem uma energia que nos conecta e faz a gente se movimentar, então, encontramos a sala. Não olhamos para as paredes, olhamos para energia do local, e isso é uma emanação. Pensa! De onde que brota esse interesse? Daí tu vai olhar lá trás, daí aquilo tem a nuvem de darma do Buda em algum lugar, por isso que as imagens seguem sendo feitas, porque aquilo está no coração das pessoas. Isso é a conexão. Então é sempre um lugar sagrado, de saída. É como se não precisasse fazer nenhuma benção, nada, ele já é, já reconhecemos.
Então, só dizer isso, isso já é a benção do lugar, já é o reconhecimento, aqui é o nirmanakaya do Buda. Então vocês olhem isso com essa emoção, com esse cuidado, vocês reconheçam isso dentro do coração de vocês.
E esses lugares são muito extraordinários, porque, por exemplo, a gente nasce e morre, nasce e morre, e se reconecta quando encontra esses faróis. Aqui é como se fosse um farol. As pessoas estão longe e ficam sabendo, aí elas vêm de longe para esse lugar.
Se vocês manifestarem esse coração aqui, aqui segue sendo o nirmanakaya do Buda, um bom lugar para meditar, estudar, trazer os ensinamentos.
Mas o ponto central é que antes dos ensinamentos, antes de qualquer coisa, já estava no coração. Se não, não apareceria. Então [o aspecto nirmanakaya] ele é mágico, ele é assim, uma emanação. Fico superfeliz!
Vocês não pensem “Bom, é uma emanação do CEBB”. Não. Não é. Isso é do Buda. O CEBB é uma emanação também.
Então do mesmo modo que as salas surgem e as salas cessam – eles se mudam – mas a emanação segue… o CEBB também é assim.
Então vocês não olhem “O CEBB…”.
O CEBB é uma emanação que também vem e vai enquanto manifestação. Mas o aspecto sambogakaya – que é o aspecto sutil – ele encontra sempre um jeito de fazer surgir [o local].
É sempre um milagre.
As pessoas vêm e vão. A gente pensa assim – vão ter outras gerações, e outras gerações – Que eles sejam beneficiados, que eles encontrem esse coração vivo, esse farol, que sempre cresça e que possa acolher as outras pessoas de tanto em tanto.
Aí tem as pessoas que estão chegando e as pessoas que estão há mais tempo. As pessoas que estão chegando mais adiante elas vão ser os experientes. É assim! E assim tudo anda.
Aí a gente pensa “São as pessoas que levam”. Não são as pessoas, é guru yoga, o coração.
Quando a gente fala de guru yoga a gente se atrapalha um pouco, mas é essa conexão com o Mahaguru.
E é natural, também, que a gente ouça isso e ache um pouco estranho, porque a gente não diz “Não! Eu não olhei para o Mahaguru, para isso ou aquilo…”. Mas a gente não precisa olhar porque [ele] já está em contato conosco. Então quando o nosso coração se move é porque aquilo já está em contato.
É simples. Não é um raciocínio.
A gente cria muitas coisas com a nossa mente luminosa. Criar um local do darma é muito especial.
Se a gente não tem isso no coração, a gente não cria. Não é porque a gente queira. Vocês arrastem um vizinho, um parente, ou a esposa, ou o marido… Eles não vêm. Se eles não tiverem conexão eles não vêm.
Então a conexão não é uma coisa comum. Então vocês guardem com cuidado esse coração de vocês. Nesse coração está o Buda.
Se a gente segue esse coração, vamos até o fim do caminho, porque todos os obstáculos vão sendo ultrapassados.
É como um motorista que eu estava falando, é aquilo. Em vez de ser a sétima consciência comum, é uma sétima consciência búdica, é o Buda dizendo “Vem por aqui, vai por ali”. Nós temos essa conexão, senão a sala não aparece.
Aí de tanto em tanto vocês reunam, sonhem, aí, dentro dos sonhos o Buda vai falar também, então, tomamos as melhores decisões. Se as decisões não são muito boas vocês também não se preocupem. Por quê? Porque depois a gente muda. É simples!
É como hoje eu estava lembrando das brigas da sanga, o Buda está dizendo, se alguém está fazendo uma coisa que não é correta, mas insiste, a gente deixa, porque aquilo termina ficando claro para todos. O mais importante é a gente não criar divisão.

Transcrição: Lucas Coelho
Revisão e edição: Luis Felipe Villas Boas

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