Transcrição de alguns minutos do ensinamento de Lama Padma Samten no 7º dia do Retiro de Verão 2016, de 5 a 14 de fevereiro, no CEBB Caminho do Meio (Viamão, RS)
“O budismo não tem oposição, tem iluminação. Não tem inimigo para vencer. Nós vamos iluminar — iluminar no sentido de clarificar o que está diante de nós. A gente não está lutando contra nada. A visão budista é essencialmente pacifista, ela não tem inimigos.”
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“Vajrasattva representa a lucidez diante das aparências. O sintoma dessa lucidez diante das aparências é ver que a gente não consegue criticar o samsara, não consegue criticar as aparências. As aparências são maravilhosas. As confusões todas a gente não consegue criticar. Porque estamos olhando aquilo além do conteúdo da confusão, não estamos envolvidos na confusão.
Nós vemos os múltiplos significados brotando, surgindo e desaparecendo. As mentes dos seres surgindo e desaparecendo. As pessoas se descrevendo de um jeito e de outro… É como pegássemos o mundo como estamos vendo agora e acelerássemos o tempo. Como se víssemos as coisas todas, aquilo tudo espocando e sumindo, espocando e sumindo, rapidamente.
Tem um aspecto maravilhoso de ver o oceano luminoso produzindo aparências. Nós, dentro de outra percepção temporal, olhamos aquilo e vamos lutando para chegar nisso, para chegar naquilo, vamos aspirando isso, aspirando aquilo… Aí Vajrasattva olha e tem um perfeição nesse movimento todo. São conjuntos de signifcados que surgem e cessam, energias que surgem e cessam.”
—Lama Padma Samten